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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Filosofia: Religião, Politica e os mistérios Orficos

Filosofia
Parte 1:Período Antigo
Unidade 3

























Religião, Mistérios órficos, politica e condições sociais

Sem duvidas, para entender a filosofia é preciso entender os componentes da religião grega, mas primeiro ( fico muito mascara isso), vamos dividir a religião grega em duas, a representação dos deuses e seus cultos e a religião dos mistérios, existem muitos pontos iguais, como a ideia de politeísmo, mas tem também diferenças abissais, como por exemplo a ideia de homem de onde veio e para onde vai? Vamos falar mais detalhadamente.

Religião Publica 

Tudo era divino para os autores, ou seja, todas as explicações dos fenômenos eram vindas dos deuses, nada era causalístico, nem mesmo as guerras, todas eram vindas da vontade dos deuses e suas lascivas paixões, chegamos aqui a concluir que os deuses eram a própria natureza personificada em homem, um “naturalismo” segundo aos estudiosos, onde não pedem ao homem para ser, pedem para que ele siga sua natureza. Da mesma forma que a religião foi naturalista, as primeiras correntes filosóficas também seriam, e esse naturalismo percorreu o pensamento e até hoje percorre.

Religião dos mistérios

Foram criados grupos fechados, pois, alguns não achavam suficiente a religião publica, fazendo os grupos de mistérios específicos e suas praticas. Um dos mais impactantes foi o Orfismo, alguns dizem ser vindo do poeta trácio Orfeu, onde seus traços são cobertos pela nevoa do mito. Continuando o pensamento de Homero, ele dizia que o homem era mortal e que depois da morte, não havia mais nada, o Orfismo mudou o esquema falando sobre algo imortal no homem, sua alma, colocando uma dicotomia entre corpo e alma, ele mudou a concepção dos gregos, vamos analisar os principais pontos:

1: O homem possui uma parte divina, um demônio ( acreditem demônio era algo da hora na época) que caiu no corpo por culpa de um pecado original.

2: Esse demônio não apenas  preexistem, como também não morre junto a ele, estando destinado a reencarna-se em corpos sucessivos através de vários renascimentos para expiar a culpa original.( A primeira idéia Espirita da história)

3: Com ritos e praticas, pode-se por fim ao ciclo de reencarnações.

4: Para quem se purificou, existe um prêmio no outro mundo. ( Isso não me é estranho, prêmio...)

Vemos aqui as idéias de prêmio e castigo além tumulo, aqui teve-se a ideia que os virtuosos se dão bem e os viciosos não, fora a idéia de metempsicose ( reencarnação) que parece ser um argumento para responder a causa de pessoas boas sofrerem sem motivo aparente, porém, se todos temos uma culpa original, não existem pessoas inocentes, além de ter a soma de vidas anteriores e vida atual. Agora o homem tem uma nova concepção, uma luta entre corpo e alma com a idéia de purificação com objetivo principal, entendam esta parte por favor, pois caso contrário não será possível entender Pitágoras, Heráclito e Empédocles, fora a parte essencial de Platão. Outro ponto culminante é que os gregos não tiveram livros sacros, frutos de uma revelação divina, além de, os sacerdotes não possuírem dogmas imutáveis, deixando assim o pensamento filosófico livre para pensar e refletir ( pra você ver como é bom a liberdade), diferente dos Orientais que viviam dogmas ferrenhos e doutrinas petrificadas e mecânicas.

Condições Sociopolíticas-econômicas

A liberdade Politica foi outro fator importante para á Filosofia, nos Séculos VII e VI. A. c uma mudança ocorreu na economia que era predominantemente agrícola, os gregos passaram para o mercado artesanal e o comercio, fazendo assim pontos comerciais, primeiro surgiram nas ilhas jônicas, mais particularmente em Mileto, depois em outros lugares. Com o crescimento do comercio e aumento de poder dos comerciantes a nobreza fundiária estava ameaçada, a medida que os centros foram crescendo e os comerciantes iria se estabilizando, começaram a construir instituições livres fazendo assim primeiro que a mãe pátria, começando por Mileto e depois indo a todas as outras a´te chegar a Atenas o ápice da liberdade. Outro ponto que não pode-se deixar de fora foi a construção das polis ( Cidades-Estado), houve uma grande vislumbre pelo Estado, onde os cidadãos viam os fins dos Estado como seus próprios fins, o bem do Estado como seu próprio bem, a grandeza do Estado como sua própria grandeza, a liberdade do Estado como sua Liberdade.



Terminamos aqui esta parte de fundamentos essenciais, no próximo capitulo veremos a definição dos conceito grego de filosofia, além de ver as problemáticas, nos vemos no próximo episodio


                                                                                                                                     André Silva


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