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quarta-feira, 23 de julho de 2014



Sonhos de Novembro


Dias atrás o passado revelou-me uma esperança.
Ela era a luz dos meu caminho.
A parte de que não queria morrer.
Uma pequena parte inocente de minha expiação.

Hoje vejo que esse fantasma consumiu meus vícios.
Consumiu meus olhos.
Consumiu o resto de minha alma.
Danação maior não há que relembrar aquilo que não mais é.

Filmes passam pela consciência como prismas de um pecado.
Original és, santo e glorioso,
Divino e destruidor és,
doce novembro que trouxe a amargura do inverno.

Maldito Novembro que foi o começo do fim.
Maldita data que recorda o egoísmo de meu leito.
Frio deito em silêncio como culpado perfeito.
Morrer não é a solução, as memorias vagam pelo universo.
em cada pequeno trecho eu deixo então cada parte minha.

Minuciosamente percebo que já o fora.
Meticulosamente sinto que já nada será o mesmo.
É minha existência ganha um vazio .
vazio esse que pode se expressa apenas em uma folha.
e miseráveis taças de vinho tinto.

Cada lembrança mostra uma pequena estaca.
minha cruz e meu sangue cobram uma divida.
Doce novembro, o mais tempestuoso.
O mais voluptuoso de todos.

Dia marcado para morrer aquilo que já começara morto....

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