Sonhos de Novembro
Dias atrás o
passado revelou-me uma esperança.
Ela era a luz dos meu
caminho.
A parte de que não
queria morrer.
Uma pequena parte
inocente de minha expiação.
Hoje vejo que esse
fantasma consumiu meus vícios.
Consumiu meus olhos.
Consumiu o resto de
minha alma.
Danação
maior não há que relembrar aquilo que não mais
é.
Filmes passam pela
consciência como prismas de um pecado.
Original és,
santo e glorioso,
Divino e destruidor és,
doce novembro que
trouxe a amargura do inverno.
Maldito Novembro que
foi o começo do fim.
Maldita data que
recorda o egoísmo de meu leito.
Frio deito em silêncio
como culpado perfeito.
Morrer não é
a solução, as memorias vagam pelo universo.
em cada pequeno trecho
eu deixo então cada parte minha.
Minuciosamente percebo
que já o fora.
Meticulosamente sinto
que já nada será o mesmo.
É minha
existência ganha um vazio .
vazio esse que pode se
expressa apenas em uma folha.
e miseráveis
taças de vinho tinto.
Cada lembrança
mostra uma pequena estaca.
minha cruz e meu sangue
cobram uma divida.
Doce novembro, o mais
tempestuoso.
O mais voluptuoso de
todos.
Dia marcado para morrer
aquilo que já começara morto....
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