A Fênix Pessoal 

A cada dia que se passa, eu sinto a cada dia um novo conceito a seguir.

Vejo que não mais pensarei, não tentarei ver, nem escutarei, essa pressão que a realidade me faz, repeli meus mais nobre sentimento de paz, ou seriam meus pensamentos ? É bem mais provável eu me afogar com previsões que me afogar com certezas, chego ao ponto que quero fugir de tudo, como ? Bebidas, mulheres, jogos, tudo aquilo que empurram a meu ego como consolo de uma vida monótona, mas monótona? Seria esse o nome para medo e insegurança ? Ser monótono, aquele repetitivo ato de ser vivido e falível durante breves momentos. Ninguém e totalmente triste e ninguém e totalmente alegre, temos um certo limite de cada uma das pontas, mas será que algo nos faz ter tanta ansiedade assim de fugir ? Talvez, imagine um sistema para poucos, um mundo onde seja proibido o conflito, mas seja permitido a competição, poucos lugares, muitos concorrentes, materiais escassos, porém, desejos ilimitados. Os vencedores  terão toda a glória, logicamente isso traz padrões , desses padrões criam-se gêneros, desses gêneros criam-se grupos, agora daqui vem-se o melhor e o pior. Acho que nesse momento eu achei de relance o motivo de querer tanto ser o melhor, ser visto, ser um destaque para todos, é uma guerra silenciosa para conquistar um pouco da dita "felicidade",  no dito popular seria, uma mulher, um emprego bom é uma casa ou carro, as vezes na falta de um, corre-se para outro, mas quando não se tem nenhum desses aparatos sociais ? Sobram os aparatos de fuga, a questão é sentir-se feliz a todo custo, mesmo que por um breve momento. Acho que o maior erro do ser humano abrir mão daquilo que os deuses mais o invejam, sua mortalidade, agem como se não pudessem morrer, agem sem a noção de sua fraqueza, ou talvez queiram esqueça-la para viver melhor e tentar aproveitar o máximo. Todo dia me vem algo a noite, um pensamento de paz, aquele limite de tempo em que me desligo do mundo, o dito sono, onde eu morro para sociedade, para amanhã renascer como um novo homem, nada sera como antes, posso ter certeza, o mais importante é que, foi me concedido a volta para tentar um novo começo, ou um novo abismo, essa incerteza nos faz brilhantes ao mesmo tempo ignorantes quando nos lançamos ao desespero, com vontade de tentar fazer tudo em um único suspiro de vida, talvez sejamos uma grande fênix que produz a noite suas cinzas e seus julgamentos do dia, para no amanha ter força de vontade para mudar toda história. No caso morremos todas as noites por assim dizer, para dar espaço para a maravilhosa natureza nos mostrar que um novo amanhã deve recomeçar, não existe maior dadiva que esta, poder renascer todos os dias para ter chances e obrigações, não pense que es um imortal, pense que es um homem falível e acima de tudo fraco de uma forma que apenas um pequeno inseto ou uma pequena batida pode levar-te a óbito, por isso lembre-se  que todos somos iguais, temos o mesmo destino que todos, sejam ricos, pobres, inteligentes ou não, nosso destino passa pelo vale da sombra da morte.

                                                                                                                                     André Silva